Debrucei-me uma noite inteira sobre o papel
tentando expulsar esse algo de dentro de mim
tentando vomitar em palavras isso que me destrói
Esperei que meus dedos avançassem sozinhos
que não precisasse raciocinar ou pensar demais
apenas deixar que esse sentimento fluisse para fora de mim
A aurora, porém, capturou-me antes do sono
e o sol incandiou o papel antes da tinta da caneta
e cai em mim
Desgastada pelo pesar do insucesso
devorada pelo que tentei extravazar
e permaneço aqui tentando escrever...
... gostaria apenas de saciar a ânsia dos meus versos
sábado, 7 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Mãos laçadas
como que nunca
fossem largar
exceto
num abraço
inesperado
Que gerou um calor
nunca sentido
que me envolveu
e irradiava do peito
para o corpo inteiro
e me trazia paz
Uma paz eufórica
ao estar com você
taquicardia saudável
e o ar me faltava
ao mesmo tempo
que me reavivava
Mas como chuva de verão
rega, refresca
e passa
tudo foi só sonho
delírio
ilusão
como que nunca
fossem largar
exceto
num abraço
inesperado
Que gerou um calor
nunca sentido
que me envolveu
e irradiava do peito
para o corpo inteiro
e me trazia paz
Uma paz eufórica
ao estar com você
taquicardia saudável
e o ar me faltava
ao mesmo tempo
que me reavivava
Mas como chuva de verão
rega, refresca
e passa
tudo foi só sonho
delírio
ilusão
sábado, 24 de outubro de 2009
Explosão.
única palavra que me ocorre
que o que sinto discorre
Como pode alguém tão comum
exercer esse poder
esse dom de me enlouquecer?
E, mesmo sem saber,
me deixar na mão tão facilmente
com um sorriso simplesmente
Mas não é qualquer sorriso
esse não só se mostra, me invade
é a calmaria antes da tempestade
Uma revolução, rebelião
é destruição, um tornado
que bagunça tudo, deixa tudo revirado
Só mesmo alguém tão comum
tão simples, tão banal
para me completar assim afinal
única palavra que me ocorre
que o que sinto discorre
Como pode alguém tão comum
exercer esse poder
esse dom de me enlouquecer?
E, mesmo sem saber,
me deixar na mão tão facilmente
com um sorriso simplesmente
Mas não é qualquer sorriso
esse não só se mostra, me invade
é a calmaria antes da tempestade
Uma revolução, rebelião
é destruição, um tornado
que bagunça tudo, deixa tudo revirado
Só mesmo alguém tão comum
tão simples, tão banal
para me completar assim afinal
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Ai se sesse...
se o céu enfim se abrisse
e a lua aparecesse
e junto com o sol brilhasse
se nóis discubrisse
se nóis merecesse
e então nóis se encantasse
se os povo se tocasse
e fizesse um ribuliço
e tudo mudasse
se todo mundo trabalhasse,
porque nada é com feitiço,
pra tudo se precisa de suor
imagina pra tirar do pior
esse mundo de meu Deus!
mas se tudo que é gente se esforçasse
se tudo que é estudado se interessasse
e tudo que é vagabundo andasse
se alguém que enxergasse tivesse
ai se sesse
de não existir tanto se...
se o céu enfim se abrisse
e a lua aparecesse
e junto com o sol brilhasse
se nóis discubrisse
se nóis merecesse
e então nóis se encantasse
se os povo se tocasse
e fizesse um ribuliço
e tudo mudasse
se todo mundo trabalhasse,
porque nada é com feitiço,
pra tudo se precisa de suor
imagina pra tirar do pior
esse mundo de meu Deus!
mas se tudo que é gente se esforçasse
se tudo que é estudado se interessasse
e tudo que é vagabundo andasse
se alguém que enxergasse tivesse
ai se sesse
de não existir tanto se...
domingo, 4 de outubro de 2009
Arco-íris noturno
A brisa à noite é gélida
como teu hálito
antes de me beijar
As estrelas da noite
são a beleza dela
como teu olhar ao me olhar
A cor negra da noite não existe
é apenas uma ausência total de cor
como minha vida antes de ti
Se fosse possível um sol à noite
que, juntamente com minhas lágrimas,
fizessem um arco-íris
Se fosse possível resgatar as cores
e fazer um arco-íris noturno
esse seria você...
como teu hálito
antes de me beijar
As estrelas da noite
são a beleza dela
como teu olhar ao me olhar
A cor negra da noite não existe
é apenas uma ausência total de cor
como minha vida antes de ti
Se fosse possível um sol à noite
que, juntamente com minhas lágrimas,
fizessem um arco-íris
Se fosse possível resgatar as cores
e fazer um arco-íris noturno
esse seria você...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Engraçado
como coisas simples podem ficar tão complicadas
e como um sim pode significar não
e não tão frequentemente sim
Difícil
encarar um final como um começo
e um começo otimista
e decidir começar
Interessante
como nada faz sentido e ao mesmo tempo entendo
e quando entendo desisto
pois saber significa sair do lugar
Aliás
se até as estrelas tem seu momento itinerante
embora curtos, gloriosos,
que me impede de deixar meu rastro?
Pois é
que me impede de ter razão
de mudar o disco de fazer sentido?
além das palavras, claro.
como coisas simples podem ficar tão complicadas
e como um sim pode significar não
e não tão frequentemente sim
Difícil
encarar um final como um começo
e um começo otimista
e decidir começar
Interessante
como nada faz sentido e ao mesmo tempo entendo
e quando entendo desisto
pois saber significa sair do lugar
Aliás
se até as estrelas tem seu momento itinerante
embora curtos, gloriosos,
que me impede de deixar meu rastro?
Pois é
que me impede de ter razão
de mudar o disco de fazer sentido?
além das palavras, claro.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Passei correndo a procura de ti
e só vi pessoas que se escondiam de si
procurando no outro
o que nunca poderiam encontrar
Era uma tumulto de pensamentos avulsos
que pensavam em tudo
mas não percebiam nem de longe
o que realmente importa
Orquestravam-se vidas
se espalhava pela rua aquele odor
inalava tudo sem poder impedir
eu mesma de me perder
E tonta sem saber onde ir
no meio da confusão te vi
a sorrir, a cantar
nem parecia que estava lá
E a paz tomou conta de mim
com teu sorriso e teu canto
que me levaram para longe dali
sem sair do lugar
e só vi pessoas que se escondiam de si
procurando no outro
o que nunca poderiam encontrar
Era uma tumulto de pensamentos avulsos
que pensavam em tudo
mas não percebiam nem de longe
o que realmente importa
Orquestravam-se vidas
se espalhava pela rua aquele odor
inalava tudo sem poder impedir
eu mesma de me perder
E tonta sem saber onde ir
no meio da confusão te vi
a sorrir, a cantar
nem parecia que estava lá
E a paz tomou conta de mim
com teu sorriso e teu canto
que me levaram para longe dali
sem sair do lugar
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Olhar ao redor e ver
que nada faz muito sentido
Me encontrar no espelho e notar
o quanto não entendo a minha expressão
Escorar a cabeça na mesa
e encarar o quanto estou só
Escrever nesse papel amassado
sem muita empolgação
Desistir sem tentar
porque nada parece valer a pena
Sentar na calçada e entender
que esqueci o que quer dizer emoção
Andar pelas ruas
sem enxegar muita cor
Te encontrar
e deixar pra lá tudo o que acabei de dizer
que nada faz muito sentido
Me encontrar no espelho e notar
o quanto não entendo a minha expressão
Escorar a cabeça na mesa
e encarar o quanto estou só
Escrever nesse papel amassado
sem muita empolgação
Desistir sem tentar
porque nada parece valer a pena
Sentar na calçada e entender
que esqueci o que quer dizer emoção
Andar pelas ruas
sem enxegar muita cor
Te encontrar
e deixar pra lá tudo o que acabei de dizer
domingo, 20 de setembro de 2009
Queria poder no teu olho e dizer
desgraçado!
Queria ir embora sem para trás olhar
e para sempre te odiar
Queria poder seguir meu caminho
e não me importar
Queria ser destemida e perseverante
e continuar
Então te vejo,
e perco o chão da razão
e as palavras que me escapam
não condizem bem com o planejado
E te beijo
e meu coração não se importa mais
e meus sentidos me abandonam
e não saio do teu lado
desgraçado!
Queria ir embora sem para trás olhar
e para sempre te odiar
Queria poder seguir meu caminho
e não me importar
Queria ser destemida e perseverante
e continuar
Então te vejo,
e perco o chão da razão
e as palavras que me escapam
não condizem bem com o planejado
E te beijo
e meu coração não se importa mais
e meus sentidos me abandonam
e não saio do teu lado
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
O que nos faz sorrir e ter esperança
é o mesmo que nos derrota e abandona
O que nos faz flutuar até o céu
é o mesmo que nos decepciona
Então o que fazer, senão desistir
de flutuar, ter esperança ou sorrir?
Ora, voemos, sonhemos e gargalhemos
quando a chance surgir
Viver um sonho por um instante que seja
é melhor que um caminho inteiro com pés no chão
Viver uma loucura, um momento que seja,
vale mais que uma vida inteira de confinamento na razão.
é o mesmo que nos derrota e abandona
O que nos faz flutuar até o céu
é o mesmo que nos decepciona
Então o que fazer, senão desistir
de flutuar, ter esperança ou sorrir?
Ora, voemos, sonhemos e gargalhemos
quando a chance surgir
Viver um sonho por um instante que seja
é melhor que um caminho inteiro com pés no chão
Viver uma loucura, um momento que seja,
vale mais que uma vida inteira de confinamento na razão.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Me perdi naquela emoção
naquele enlace que não me segurava
mas me prendia sem poder negar
mesmo sabendo que não era certo
mesmo querendo não estar lá
pois quando ali estou perto
me abandona o senso e o tino
fico assim sem arrimo, sem segurança
pois a minha sensatez definha
Esqueci daquela sensação
de frio passando pela espinha
antes de chegar no coração
de a cabeça gritando, não
e todos os outros sentidos, sim
de tudo confuso pra mim
e tão claro ao mesmo tempo
como palavras ao vento
que escuta quem quer
Escondi aquela vontade
de queira mais que puder
e mais que tiver aproveite
pois esse deleite só em uns segundos
nos dá o mundo de tanto ardor
que nem pedindo por favor
precisa de mais que vontade
mais que querer essa é a verdade
o que se há de fazer, senão viver.
naquele enlace que não me segurava
mas me prendia sem poder negar
mesmo sabendo que não era certo
mesmo querendo não estar lá
pois quando ali estou perto
me abandona o senso e o tino
fico assim sem arrimo, sem segurança
pois a minha sensatez definha
Esqueci daquela sensação
de frio passando pela espinha
antes de chegar no coração
de a cabeça gritando, não
e todos os outros sentidos, sim
de tudo confuso pra mim
e tão claro ao mesmo tempo
como palavras ao vento
que escuta quem quer
Escondi aquela vontade
de queira mais que puder
e mais que tiver aproveite
pois esse deleite só em uns segundos
nos dá o mundo de tanto ardor
que nem pedindo por favor
precisa de mais que vontade
mais que querer essa é a verdade
o que se há de fazer, senão viver.
domingo, 30 de agosto de 2009
Bobagens
Gosto quando está distraído
olhando de lado inconsequente
e mais ainda quando me encontra
e sorri simplesmente
Gosto do seu jeito de sorrir
e do modo como pega minha mão
e mais quando me desliza
e me acelera o coração
Gosto do seu hálito
que me deixa abobada
e mais do seu beijo
que me faz apaixonada
olhando de lado inconsequente
e mais ainda quando me encontra
e sorri simplesmente
Gosto do seu jeito de sorrir
e do modo como pega minha mão
e mais quando me desliza
e me acelera o coração
Gosto do seu hálito
que me deixa abobada
e mais do seu beijo
que me faz apaixonada
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Segundo plano
Poeta que se inebria
com um ombro nu
que os cabelos longos
deixam sem intenção
que apareça a pele pálida e hipnotizante
Poeta que se inspira
com aquela situação
tão boba e corriqueira
e deseja
que a tudo assiste e se delicia
Poeta que deseja
apenas um toque na amada
Poeta que suspira
com um sonho tão distante de tão perto
com um ombro nu
que os cabelos longos
deixam sem intenção
que apareça a pele pálida e hipnotizante
Poeta que se inspira
com aquela situação
tão boba e corriqueira
e deseja
que a tudo assiste e se delicia
Poeta que deseja
apenas um toque na amada
Poeta que suspira
com um sonho tão distante de tão perto
domingo, 16 de agosto de 2009
Sair de um caminho traçado pode ser considerado loucura
ou aventura
Voltar para ele pode ser considerado covardia
ou apatia
Mas de nada adianta correr pelo caminho certo
ou bem perto
Sem dar um passo fora, uma escapada
sair da estrada
Pois não damos valor a conquista nem a vitória
se não contamos uma boa história
ou aventura
Voltar para ele pode ser considerado covardia
ou apatia
Mas de nada adianta correr pelo caminho certo
ou bem perto
Sem dar um passo fora, uma escapada
sair da estrada
Pois não damos valor a conquista nem a vitória
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
E por que seu sorriso me ilude
e seu olhar me domina
e você sempre me cala?
É injusto me submeter assim
a seus desejos incultos
e depois a esse silêncio inócuo
Por que me importo com sua ausência
Por que seu silêncio me agride
Por não consigo simplesmente esquecer?
e seu olhar me domina
e você sempre me cala?
É perverso me fazer rir
passear comigo nas nuvens
para aterrissar
É injusto me submeter assim
a seus desejos incultos
e depois a esse silêncio inócuo
Por que me importo com sua ausência
Por que seu silêncio me agride
Por não consigo simplesmente esquecer?
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Conclusões
Queria eu poder ser tudo o que pensas
queria eu ser mais do que istoMas não passo de um burguês
um jogador de truco safadoé isso
E é exatamente por isso
que você me merece tanto
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Insanidade
Imaginar
como seria
Querer
prazer
Pensar
em esteria
Sonhar
em ver
Procurar
um prumo
Correr
com meta
Andar
sem rumo
Saber
a certa
Sorrir
Sem jeito
Esquecer
você
Cair
Do parapeito
Enlouquecer
sem porquê.
como seria
Querer
prazer
Pensar
em esteria
Sonhar
em ver
Procurar
um prumo
Correr
com meta
Andar
sem rumo
Saber
a certa
Sorrir
Sem jeito
Esquecer
você
Cair
Do parapeito
Enlouquecer
sem porquê.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Amiga de verdade
Adoro olhar para trás
por tudo que passei
São coisas q tanto tempo faz
que eu mesma já nem sei
São risos às escondidas
com medo de ser descoberta
E tantas vezes senti-me perdida
sem saber qual era a porta certa
São tantas lágrimas derramadas
por motivos tantas vezes fúteis
e algumas histórias mal contadas
mas alguns detalhes são inúteis
O que conta é a essência
quem sempre esteve lá
O que conta é a presença
mesmo quando não está
Quem comigo deu risada
quem comigo se escondeu
quem minhas lágrimas passadas
ouviu, chorou, entendeu
Há vários tipos de amizade
algumas de momento,
algumas que até duram,
mas que caem no esquecimento
E existe aquela também
que a gente nunca esquece
mesmo que o tempo passe porém
ela jamais perece
Sobrevive na lembrança
no brilho no olhar
há cada reencontro como criança
que nunca esquece de brincar
Essa é pra mim a verdadeira
essa não se encontra em qualquer esquina
nem se consegue de primeira
precisa-se de tempo, o tempo ensina
Amiga que ri junto com você
amiga que faz companhia em algum lugar
esse tipo de amiga é bem fácil de ser
é bem simples de encontrar
Amiga que entende, mesmo sem entender
amiga que escuta mesmo sem vontade
e que quando estamos cegas, nos faz ver
isso é amiga de verdade.
por tudo que passei
São coisas q tanto tempo faz
que eu mesma já nem sei
São risos às escondidas
com medo de ser descoberta
E tantas vezes senti-me perdida
sem saber qual era a porta certa
São tantas lágrimas derramadas
por motivos tantas vezes fúteis
e algumas histórias mal contadas
mas alguns detalhes são inúteis
O que conta é a essência
quem sempre esteve lá
O que conta é a presença
mesmo quando não está
Quem comigo deu risada
quem comigo se escondeu
quem minhas lágrimas passadas
ouviu, chorou, entendeu
Há vários tipos de amizade
algumas de momento,
algumas que até duram,
mas que caem no esquecimento
E existe aquela também
que a gente nunca esquece
mesmo que o tempo passe porém
ela jamais perece
Sobrevive na lembrança
no brilho no olhar
há cada reencontro como criança
que nunca esquece de brincar
Essa é pra mim a verdadeira
essa não se encontra em qualquer esquina
nem se consegue de primeira
precisa-se de tempo, o tempo ensina
Amiga que ri junto com você
amiga que faz companhia em algum lugar
esse tipo de amiga é bem fácil de ser
é bem simples de encontrar
Amiga que entende, mesmo sem entender
amiga que escuta mesmo sem vontade
e que quando estamos cegas, nos faz ver
isso é amiga de verdade.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Vasculhar minhas lembranças
a procura de um momento são
algum em que seu pefume ainda não tenha invadido meus sentidos
Investigar minhas memórias
em busca de uma única
que segure meus pensamentos
Perscrutar meu ser
minhas entranhas e minh'alma
a fim de esquecer-te
Mas estou cansada
de acenar para um passado
que me virou as costas
E me empurrou para cá
para esse presente que me fere
com tua presença ausente
a procura de um momento são
algum em que seu pefume ainda não tenha invadido meus sentidos
Investigar minhas memórias
em busca de uma única
que segure meus pensamentos
Perscrutar meu ser
minhas entranhas e minh'alma
a fim de esquecer-te
Mas estou cansada
de acenar para um passado
que me virou as costas
E me empurrou para cá
para esse presente que me fere
com tua presença ausente
terça-feira, 28 de julho de 2009
Roda de embolada
Inevitável
é me prender ao seu sorriso do fim da rima
é segurar meu coração que bate no ritmo do seu pandeiro
Não consigo
não me hipnotizar pela sua voz que canta
me libertar do teu olhar que brilha
Torturante
é apenas te acompanhar nas plamas
e ao lado oposto me limitar
Enquanto batuca e se diverte
e nem percebe que minhas palmas saem do ritmo
quando olhas pra mim
é me prender ao seu sorriso do fim da rima
é segurar meu coração que bate no ritmo do seu pandeiro
Não consigo
não me hipnotizar pela sua voz que canta
me libertar do teu olhar que brilha
Torturante
é apenas te acompanhar nas plamas
e ao lado oposto me limitar
Enquanto batuca e se diverte
e nem percebe que minhas palmas saem do ritmo
quando olhas pra mim
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Olhando para cima
Universo deserto de escuridão
Que devora os sonhos e desejos de tantos
Ó, deserto, devora também o meu
para que eu me perca nessa treva e esqueça
Deserto frio e solo
Deserto longingüamente próximo
Suga minh'alma ardente esfriando-me
Entregando-me a um eu deserto
Só o deserto tem a calmaria perfeita
O silêncio desejado
Silêncio interior, sem gritos nem mágoas,
Sem eu nem você.
Que devora os sonhos e desejos de tantos
Ó, deserto, devora também o meu
para que eu me perca nessa treva e esqueça
Deserto frio e solo
Deserto longingüamente próximo
Suga minh'alma ardente esfriando-me
Entregando-me a um eu deserto
Só o deserto tem a calmaria perfeita
O silêncio desejado
Silêncio interior, sem gritos nem mágoas,
Sem eu nem você.
Amélia
É o seu olhar perdido,
é sua indiferença maldita
e as suas mãos que não me percebem
que me atraem
que me envolvem
e que me prendem
é sua indiferença maldita
e as suas mãos que não me percebem
que me atraem
que me envolvem
e que me prendem
domingo, 12 de julho de 2009
Asas cortadas
Se eu pudesse voar lá no alto
se eu pudesse chegar até o céu
por que haveria de olhar para o chão?
Mas já que estamos presos aqui mesmo, não é?
que fazer a não ser olhar ao nosso redor
para poder esquecer um pouco
mesmo que sempre tornemos a descer
se eu pudesse chegar até o céu
por que haveria de olhar para o chão?
Mas já que estamos presos aqui mesmo, não é?
que fazer a não ser olhar ao nosso redor
e ver tudo o que nós falhamos e ainda vamos falhar
E nos perguntar porque fomos privados das asas para poder esquecer um pouco
mesmo que sempre tornemos a descer
sábado, 11 de julho de 2009
Monólogo
Tô afim de ser melodramática! ... ou dramática... ah, não sei a diferença... Vou olhar no dicionário.
dramático - 1. Relativo a drama (essas obviedades dos dicionários me divertem) 2. Que representa dramas; 3. Comovente, patético (era só o que me faltava! Já ser repreendida logo no começo, ainda por cima por um dicioinário!!)
melodramático - Incluído como adjetivo de melodrama, peça teatral demasiado sentimental, com situações turbulentas e diálogos pomposos.
Ah, tá... bem melhor... acabou de resumir minha vida: situações turbulentas. Mas dizer que eu sou demasiadamente sentimental é demais! Ora, não posso nem tentar me expressar, que já vem alguém me repreender?? Dicionariozinho de merda... Vem logo falando besteira sobre o que nem sabe. Só porque é o nº 1 da metalinguagem. Saiba que eu prefiro o Video Show!
Enfim, voltando à minha situação, não mais rotulada (nem como drama nem melodrama nem porcaria nenhuma), estou aqui para apenas desabafar...
E tenho direito de ser patética, sentimental e até pomposa! Afinal, quem não tem a vida turbulenta? E se existe alguém, nem se preocupe, pois a turbulência chega!
É igual a avião... você está lá muito bem, quando de repente tudo começa a tremer. Só então vem a voz do piloto: "Estamos passando por uma pequena turbulência". Poxa! Eu estou lá em pleno sacolejo! Não preciso que me informem que é uma turbulência! Afinal, eu já sei!
Mesma coisa é a vida... Pior do que ter o problema são os comentários... Pô! Será que ninguém sabe ouvir nada calado? Será que tudo deve ocasionar um conselho? E se esse conselho é algo que você já sabe e não quer ouvir, ou não está nem afim de saber? Às vezes - na maioria das vezes - a gente só tá afim de falar/reclamar/gritar/chorar/espernear... e já sabemos o que fazer... só precisamos de um ombro amigo e paciente para aguentar.
Por que é tão difícil isso de entender?
E o pior é quando vêm as critícas: "você está exagerando..."; "deixe de ser dramática"; "omi, pelamordedeus, sai dessa vida". Se eu não saí é porque não tô afim ainda! E se não vai ajudar, então não atrapalhe!!
É por isso que dá raiva quando chega um palhaço qualquer te chamando de patética, demasiadamente sentimental e coisas do gênero...
Ora, só estou afim de falar... é pedir muito ouvir???
oi...
tem alguém aí??
...
...
...
dramático - 1. Relativo a drama (essas obviedades dos dicionários me divertem) 2. Que representa dramas; 3. Comovente, patético (era só o que me faltava! Já ser repreendida logo no começo, ainda por cima por um dicioinário!!)
melodramático - Incluído como adjetivo de melodrama, peça teatral demasiado sentimental, com situações turbulentas e diálogos pomposos.
Ah, tá... bem melhor... acabou de resumir minha vida: situações turbulentas. Mas dizer que eu sou demasiadamente sentimental é demais! Ora, não posso nem tentar me expressar, que já vem alguém me repreender?? Dicionariozinho de merda... Vem logo falando besteira sobre o que nem sabe. Só porque é o nº 1 da metalinguagem. Saiba que eu prefiro o Video Show!
Enfim, voltando à minha situação, não mais rotulada (nem como drama nem melodrama nem porcaria nenhuma), estou aqui para apenas desabafar...
E tenho direito de ser patética, sentimental e até pomposa! Afinal, quem não tem a vida turbulenta? E se existe alguém, nem se preocupe, pois a turbulência chega!
É igual a avião... você está lá muito bem, quando de repente tudo começa a tremer. Só então vem a voz do piloto: "Estamos passando por uma pequena turbulência". Poxa! Eu estou lá em pleno sacolejo! Não preciso que me informem que é uma turbulência! Afinal, eu já sei!
Mesma coisa é a vida... Pior do que ter o problema são os comentários... Pô! Será que ninguém sabe ouvir nada calado? Será que tudo deve ocasionar um conselho? E se esse conselho é algo que você já sabe e não quer ouvir, ou não está nem afim de saber? Às vezes - na maioria das vezes - a gente só tá afim de falar/reclamar/gritar/chorar/espernear... e já sabemos o que fazer... só precisamos de um ombro amigo e paciente para aguentar.
Por que é tão difícil isso de entender?
E o pior é quando vêm as critícas: "você está exagerando..."; "deixe de ser dramática"; "omi, pelamordedeus, sai dessa vida". Se eu não saí é porque não tô afim ainda! E se não vai ajudar, então não atrapalhe!!
É por isso que dá raiva quando chega um palhaço qualquer te chamando de patética, demasiadamente sentimental e coisas do gênero...
Ora, só estou afim de falar... é pedir muito ouvir???
oi...
tem alguém aí??
...
...
...
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Questões básicas
A vida e suas nuâncias...
Nem percebo o tempo que me dribla
que corre a perder de vista...
Nem noto o mundo ao meu redor
que samba, que chora, que ri
e depois tudo muda e eu nem vi
Como lidar com essa intempérie
como, diante dessa instabilidade,
em paz tranquilamente respirar?
Como saber como encarar
e como saber por onde prosseguir
se tudo ao redor desaba e se remolda
Se o caminho reto é torto
ou se o rio é largo demais
para os meus braços flácidos
Nem percebo o tempo que me dribla
que corre a perder de vista...
Nem noto o mundo ao meu redor
que samba, que chora, que ri
e depois tudo muda e eu nem vi
Como lidar com essa intempérie
como, diante dessa instabilidade,
em paz tranquilamente respirar?
Como saber como encarar
e como saber por onde prosseguir
se tudo ao redor desaba e se remolda
Se o caminho reto é torto
ou se o rio é largo demais
para os meus braços flácidos
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Aff!
Me seguro
tudo programo
cada detalhe planejo
E pra quê?
Se fico em cima do muro
me confundo e me engano
quando te vejo
que saco!
tudo programo
cada detalhe planejo
E pra quê?
Se fico em cima do muro
me confundo e me engano
quando te vejo
que saco!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Na penumbra...
O que exigir dessa noite sombria
e desse barulho silencioso
que me obriga a escutar meus pensamentos
O que exigir desse breu
dessa treva que me cega
e me obriga a olhar para mim mesma
O que exigir de mim?
Logo eu que sou confusão
uma eterna translucidez
E o que esperar de mim
que me perco nas trevas de mim mesma
e me engano na noite dos olhos teus...
e desse barulho silencioso
que me obriga a escutar meus pensamentos
O que exigir desse breu
dessa treva que me cega
e me obriga a olhar para mim mesma
O que exigir de mim?
Logo eu que sou confusão
uma eterna translucidez
E o que esperar de mim
que me perco nas trevas de mim mesma
e me engano na noite dos olhos teus...
Pé no chão
Sou uma pessoa centrada
sou daquelas racionais
que ponderam e pesam tudo
Sou organizada
sei exatamente onde piso
exatamente onde vou
Sou realista
não sonho mais do que posso
nem penso no impossível
Até te ver
aí paro de pensar
e não sei o que falar
E todos os sonhos absurdos do mundo
me parecem plausíveis
inclusive te possuir...
sou daquelas racionais
que ponderam e pesam tudo
Sou organizada
sei exatamente onde piso
exatamente onde vou
Sou realista
não sonho mais do que posso
nem penso no impossível
Até te ver
aí paro de pensar
e não sei o que falar
E todos os sonhos absurdos do mundo
me parecem plausíveis
inclusive te possuir...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Faça o que eu digo...
Ele se preocupa
com uma coisa banal
para mim e para muitos
mas não para ele
E lá vem ele
com argumentos frágeis
que nem ele mesmo acredita as vezes...
Mas mesmo assim
tenta me convencer
a mudar meu rumo
que é o dele...
(e ele não recomenda
mas permanece ali
me mandando voltar)
com uma coisa banal
para mim e para muitos
mas não para ele
E lá vem ele
com argumentos frágeis
que nem ele mesmo acredita as vezes...
Mas mesmo assim
tenta me convencer
a mudar meu rumo
que é o dele...
(e ele não recomenda
mas permanece ali
me mandando voltar)
sábado, 4 de julho de 2009
Quadrilha #4
Dei um giro completo
e não te vi
Me puxaram
e eu fui
Quando me dei conta
você já estava lá
sorrindo para mim
E nem notei
que seu braço já estava laçado
e o meu também
e não te vi
Me puxaram
e eu fui
Quando me dei conta
você já estava lá
sorrindo para mim
E nem notei
que seu braço já estava laçado
e o meu também
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Olhos fechados
Fechar os olhos
e nada ver
e fugir do mundo
Fechar os olhos
para nada ver
e escapar desse mundo
Fechar os olhos
de medo ou pavor
e não encarar esse mundo
Fechar os olhos
de deleite ou prazer
e esquecer esse mundo...
.
e nada ver
e fugir do mundo
Fechar os olhos
para nada ver
e escapar desse mundo
Fechar os olhos
de medo ou pavor
e não encarar esse mundo
Fechar os olhos
de deleite ou prazer
e esquecer esse mundo...
.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Fadada...
Vasculho meu ser
a procura do meu eu
Porque não me encontro
desde que me perdi nos olhos teus
Olhos de noite
iluminada pelo luar
Que me tragaram
não me deixaram escapar
E fiquei assim perdida
procurando me reaver
Mas basta te ver de novo
que insisto em me perder...
a procura do meu eu
Porque não me encontro
desde que me perdi nos olhos teus
Olhos de noite
iluminada pelo luar
Que me tragaram
não me deixaram escapar
E fiquei assim perdida
procurando me reaver
Mas basta te ver de novo
que insisto em me perder...
terça-feira, 30 de junho de 2009
O impossível fascina
o improvável intriga
e a fantasia encanta
Como desviar das intempéries
como dominar os ímpetos
como domar os desejos?
É difícil encarar o difícil
mas não nos nossos sonhos
não na nossa imaginação
O deleite de imaginar
e o doce do pode ser
são impagáveis
Porque o que imaginamos
ou o que sonhamos
só nos pertence e a mais ninguém
Deve ser por isso
que os poemas de amor (ou de dor)
são os mais bonitos
o improvável intriga
e a fantasia encanta
Como desviar das intempéries
como dominar os ímpetos
como domar os desejos?
É difícil encarar o difícil
mas não nos nossos sonhos
não na nossa imaginação
O deleite de imaginar
e o doce do pode ser
são impagáveis
Porque o que imaginamos
ou o que sonhamos
só nos pertence e a mais ninguém
Deve ser por isso
que os poemas de amor (ou de dor)
são os mais bonitos
sábado, 27 de junho de 2009
No mínimo intrigante...
Quando vi teu sorriso debochado
pela primeira vez
Vi que tinha encontrado enfim
um real motivo para escrever
Quando meu olhar encontrou o seu
pela primeira vez
Algo dentro de mim se moveu
e a vontade de escrever foi mais forte
Quando tocaste minha mão
pela primeira vez
Um sentimento contagiante
tomou conta de mim e da minha razão
Quando te conheci não pensei
que serias a ruína dos meus versos
inúteis frente a sentimentos intraduzíveis
e vontades indescifráveis
Então permaneço aqui
encarando a esse papel exigente
incapaz de exteriorizar meus desejos
incapaz de escrever um só verso digno
pela primeira vez
Vi que tinha encontrado enfim
um real motivo para escrever
Quando meu olhar encontrou o seu
pela primeira vez
Algo dentro de mim se moveu
e a vontade de escrever foi mais forte
Quando tocaste minha mão
pela primeira vez
Um sentimento contagiante
tomou conta de mim e da minha razão
Quando te conheci não pensei
que serias a ruína dos meus versos
inúteis frente a sentimentos intraduzíveis
e vontades indescifráveis
Então permaneço aqui
encarando a esse papel exigente
incapaz de exteriorizar meus desejos
incapaz de escrever um só verso digno
terça-feira, 23 de junho de 2009
Tentativa por excelência...
Resolvi hoje, sem inspiração, escrever para compreender as nuâncias de escrever com a paciência e com a cabeça, ao invés de deixar que meus dedos, orientados pelos meus ímpetos, escrevam por mim...
Restei sem sucesso.
À minha mente não veio nada muito interessante que se traduzisse em verso... nada que valesse muito à pena pelo menos... apenas o banal, o previsível...
Minha consciência, sempre muito apegada ao que é certinho, não me deixou pensar no ilícito, nem em espionar você, nem em roubar sua atenção... não me deixou errar...
ficou no correto, no previsível...
Meu recato, sempre preocupado, não me permitiu pensar na luxúria, nem não me deixou ousar, nem sonhar com você...
ficou só no permitido... no previsível...
Meu senso não me deixou viajar na maionese e passear por lugares onde com certeza nunca vou com você, nem pensar nas coisas que você não me disse, nem pensar em coisas que não existem senão nos pensamentos de uma criança de antigamente que em tudo crê e em tudo confia (digo de antigamente porque as crianças de hoje estão cada vez mais adultas, jogando fora toda aquela preciosidade que tantos almejam resgatar, aquela inocência que nunca mais volta, aquele brilho no olhar de quem imagina que tudo é bonito)...
não me deixou escapar... ficou no normal... no previsível...
Minha racionalidade não me deixou flutuar na imaginação, nem me levar pelos desejos, pelos meus anseios que nunca se realizarão, ou pela minha loucura habitual de pensar sobre o mundo sob novos ângulos, que muitas vezes nem existem, só para fingir que é possível o impossível e que o improvável ocorre ao lado sem percerbermos...
não deixou eu me perder na linha do racicínio...
ficou no lógico... no previsível...
E meu coração, amordaçado pela nova experiência, coitado, ainda, num fôlego, conseguiu soprar:
Restei sem sucesso.
À minha mente não veio nada muito interessante que se traduzisse em verso... nada que valesse muito à pena pelo menos... apenas o banal, o previsível...
Minha consciência, sempre muito apegada ao que é certinho, não me deixou pensar no ilícito, nem em espionar você, nem em roubar sua atenção... não me deixou errar...
ficou no correto, no previsível...
Meu recato, sempre preocupado, não me permitiu pensar na luxúria, nem não me deixou ousar, nem sonhar com você...
ficou só no permitido... no previsível...
Meu senso não me deixou viajar na maionese e passear por lugares onde com certeza nunca vou com você, nem pensar nas coisas que você não me disse, nem pensar em coisas que não existem senão nos pensamentos de uma criança de antigamente que em tudo crê e em tudo confia (digo de antigamente porque as crianças de hoje estão cada vez mais adultas, jogando fora toda aquela preciosidade que tantos almejam resgatar, aquela inocência que nunca mais volta, aquele brilho no olhar de quem imagina que tudo é bonito)...
não me deixou escapar... ficou no normal... no previsível...
Minha racionalidade não me deixou flutuar na imaginação, nem me levar pelos desejos, pelos meus anseios que nunca se realizarão, ou pela minha loucura habitual de pensar sobre o mundo sob novos ângulos, que muitas vezes nem existem, só para fingir que é possível o impossível e que o improvável ocorre ao lado sem percerbermos...
não deixou eu me perder na linha do racicínio...
ficou no lógico... no previsível...
E meu coração, amordaçado pela nova experiência, coitado, ainda, num fôlego, conseguiu soprar:
Pensei o dia inteiro em você...
Quer algo mais previsível?
Quer algo mais previsível?
domingo, 21 de junho de 2009
Outro foco
Engraçado como alguém
que esteve sempre ali aparece
de repente
E não dá pra saber
se é coisa da cabeça ou
do coração
Pior quando o segundo vence
Porque não raciocina
só sente
E nos deixa assim
sem rumo, sem palavras,
sem ação
que esteve sempre ali aparece
de repente
E não dá pra saber
se é coisa da cabeça ou
do coração
Pior quando o segundo vence
Porque não raciocina
só sente
E nos deixa assim
sem rumo, sem palavras,
sem ação
sábado, 20 de junho de 2009
Descobrindo-me
Um lado meu
é infância, adolescência
o outro já cresceu
é consciência
Um lado meu
é apego
o outro nem liga
vai sem medo
Um lado meu
é recato, censura
o outro lado é liberdade
é loucura
Um lado meu
come alface, tomate
o outro se revolta
quer chocolate
Um lado meu
é sério, formal
o outro lado
até que é legal
Um lado meu
é direito, é regrado
o outro lado não se importa
é todo errado
Um lado meu
pesa, pondera
o outro lado vai
se libera
Um lado meu
esgotou-se de cansaço
o outro lado só quer
dar o primeiro passo
é infância, adolescência
o outro já cresceu
é consciência
Um lado meu
é apego
o outro nem liga
vai sem medo
Um lado meu
é recato, censura
o outro lado é liberdade
é loucura
Um lado meu
come alface, tomate
o outro se revolta
quer chocolate
Um lado meu
é sério, formal
o outro lado
até que é legal
Um lado meu
é direito, é regrado
o outro lado não se importa
é todo errado
Um lado meu
pesa, pondera
o outro lado vai
se libera
Um lado meu
esgotou-se de cansaço
o outro lado só quer
dar o primeiro passo
Andressa Carvalho (17/06/09)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Ah, mardita...
Rolo na poltrona
Troco de cadeira
Mãos no rosto
Mãos na mesa
Olho nas letras
Olho na marçaneta
Ô porta que não coopera
Ô coração véi besta...
Troco de cadeira
Mãos no rosto
Mãos na mesa
Olho nas letras
Olho na marçaneta
Ô porta que não coopera
Ô coração véi besta...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Gaguejando
Procuro palavras
e não encontro
Palavras que me falem
mas não encontro
Palavras que te calem
porém não encontro
Que não pareçam soltas
e não encontro
Que não pareçam loucas
mas não encontro
Palavras sobre o que sinto
porém não encontro
Palavras que escondam o que minto
e não encontro
Que não te deixem ir
mas não encontro
Que me façam reagir
porém não encontro
Procuro palavras
e não encontro...
e não encontro
Palavras que me falem
mas não encontro
Palavras que te calem
porém não encontro
Que não pareçam soltas
e não encontro
Que não pareçam loucas
mas não encontro
Palavras sobre o que sinto
porém não encontro
Palavras que escondam o que minto
e não encontro
Que não te deixem ir
mas não encontro
Que me façam reagir
porém não encontro
Procuro palavras
e não encontro...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Homenagem merecida
Algumas são serenas
a minha é atacada
Algumas são chatas
a minha é animada
Algumas são indiferentes, negligentes
a minha está sempre presente
Algumas são ocupadas
a minha também é
Algumas vão na onda
a minha é contra maré
Algumas se perdem no pensar
a minha sempre sabe o que falar
Algumas são extremas
a minha é na medida
Algumas são colegas, desconhecidas
a minha é melhor amiga
terça-feira, 16 de junho de 2009
Viva São João!!
Ah, junho mês junino...
Mal posso esperar
A minha vez de dançar
Quase que perco o tino.
É só a zabumba batucar
Pra gente pegar carona
Nessa sensação que nos toma
É o toque da sanfona
Que começou a tocar!
E a gente vai pra lá
E com o rebuliço se soma
É quase como feitiço
Essa melodia que invade
Se aprochegue cumade
Dessa quadrilha participar
Trate de se animar!
E o principal ator
É o sanfoneiro tocadô
Que bota esse povo todo pra dançar
Sem esquecer do puxador
Que bota ordem no lugar..
Eita! Festa boa!
É esse tal de arraiá
Ninguém fica à toa
Ninguém fica esquecido
Todo mundo é invadido
Pela alegria da quadrilha
Pense que maravilha
O ano inteiro de São João!
Mas até acho que não...
Esperar é que é a graça
Esperar que passe ligeiro
De agosto a fevereiro,
Porque o carnaval também é massa,
Depois até maio
Que aí já começa os ensaio
dos forró que a gente dá valô
Depois é curtir cada minuto
Dessa festa animada
Que tanto foi esperada
E finalmente chegou!!!
Mal posso esperar
A minha vez de dançar
Quase que perco o tino.
É só a zabumba batucar
Pra gente pegar carona
Nessa sensação que nos toma
É o toque da sanfona
Que começou a tocar!
E a gente vai pra lá
E com o rebuliço se soma
É quase como feitiço
Essa melodia que invade
Se aprochegue cumade
Dessa quadrilha participar
Trate de se animar!
E o principal ator
É o sanfoneiro tocadô
Que bota esse povo todo pra dançar
Sem esquecer do puxador
Que bota ordem no lugar..
Eita! Festa boa!
É esse tal de arraiá
Ninguém fica à toa
Ninguém fica esquecido
Todo mundo é invadido
Pela alegria da quadrilha
Pense que maravilha
O ano inteiro de São João!
Mas até acho que não...
Esperar é que é a graça
Esperar que passe ligeiro
De agosto a fevereiro,
Porque o carnaval também é massa,
Depois até maio
Que aí já começa os ensaio
dos forró que a gente dá valô
Depois é curtir cada minuto
Dessa festa animada
Que tanto foi esperada
E finalmente chegou!!!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Quadrilha #3
No meio daquele círculo
Naquele grande círculo
Apenas vejo você
Você e seu sorriso estonteante
Destilando um suor alegre
E esbanjando seu charme habitual
E eu aqui
Com a mão laçada
Sem poder aí chegar
Sem conseguir me conter
A espera do changê de damas
Ou de cavalheiros, tanto faz
Contanto que cesse
essa distância
Que insiste em desafiar-me
Naquele grande círculo
Apenas vejo você
Você e seu sorriso estonteante
Destilando um suor alegre
E esbanjando seu charme habitual
E eu aqui
Com a mão laçada
Sem poder aí chegar
Sem conseguir me conter
A espera do changê de damas
Ou de cavalheiros, tanto faz
Contanto que cesse
essa distância
Que insiste em desafiar-me
domingo, 14 de junho de 2009
Quadrilha #2
Seria tão simples
Ir até ti e perguntar
Tens par?
Seria tão simples
Chegar perto e sussurrar
Quer dançar?
Seria tão simples,
Se fazer isso não incluisse
Olhar nos olhos teus
Ao encontrar o meu
Teu olhar me desarma
E me desatina
E ao desencontrar
Me desencontra
E me descontrola
Então permaneço aqui
A observar-te, querendo-te,
A sonhar, esperando-te.
Ir até ti e perguntar
Tens par?
Seria tão simples
Chegar perto e sussurrar
Quer dançar?
Seria tão simples,
Se fazer isso não incluisse
Olhar nos olhos teus
Ao encontrar o meu
Teu olhar me desarma
E me desatina
E ao desencontrar
Me desencontra
E me descontrola
Então permaneço aqui
A observar-te, querendo-te,
A sonhar, esperando-te.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Quadrilha
Formem-se os pares!
Ordenou alguém..
Pânico!
Pessoas começam a se mover
Começam a se encontrar
Mas só vejo você
Como que a procurar...
Ah, como queria que
Esse rebuliço dos olhos teus
Fossem para me achar
Como queria
Que ao encontrar os meus
Teus olhos parassem e sorrissem
Mas (simplesmente) ultrapassam-me.
Ordenou alguém..
Pânico!
Pessoas começam a se mover
Começam a se encontrar
Mas só vejo você
Como que a procurar...
Ah, como queria que
Esse rebuliço dos olhos teus
Fossem para me achar
Como queria
Que ao encontrar os meus
Teus olhos parassem e sorrissem
Mas (simplesmente) ultrapassam-me.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
No corredor
Hoje te vi...
Estava perdido num livro
E nem notou meu olhar intermitente
Que temia encontrar o seu.
Por que é tão difícil
Sair do lugar quando te vejo?
Nem vou embora nem ao teu encontro
Simplesmente paro.
E quando paro
O mundo pára comigo
Nada importa nem tem sentido
Só tua expressão intrigada e teu olhar perdido
Estava perdido num livro
E nem notou meu olhar intermitente
Que temia encontrar o seu.
Por que é tão difícil
Sair do lugar quando te vejo?
Nem vou embora nem ao teu encontro
Simplesmente paro.
E quando paro
O mundo pára comigo
Nada importa nem tem sentido
Só tua expressão intrigada e teu olhar perdido
Inércia
Como aceitar
Sem entender
Como querer
Sem questionar
Mania de preguiçoso
Abrir a boca e comer
Sem nem perguntar o quê
Um vício ocioso
O silêncio é a forca
dessa sociedade pacífica
É a forma estrita
de se negar a dizer não
São os antolhos
Desse povo sem rosto
E o impossível lhe é imposto
pelos que lhe impõem uma visão
É esse calar,
Disfarçado de abster,
Que se perfaz de querer
E os joga no chão.
Sem entender
Como querer
Sem questionar
Mania de preguiçoso
Abrir a boca e comer
Sem nem perguntar o quê
Um vício ocioso
O silêncio é a forca
dessa sociedade pacífica
É a forma estrita
de se negar a dizer não
São os antolhos
Desse povo sem rosto
E o impossível lhe é imposto
pelos que lhe impõem uma visão
É esse calar,
Disfarçado de abster,
Que se perfaz de querer
E os joga no chão.
terça-feira, 9 de junho de 2009
L I B E R D A D E
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Pé na estrada
A estrada é longa
E cheia de bifurcações
O tempo é limitado
e impreciso
Não há como voltar
Atrás e concertar o caminho feito
O objetivo muda
a cada novo desvio
E as paisagens
se transformam a cada
nova esquina
Nessa estrada não
dá para parar por parar
só para abastecer
ou lanchar
ou dar carona
(e geralmente caronas
mudam nosso caminho
apesar de serem caronas)
no mais nos resta andar
ou correr
Nos resta tentar acertar
o caminho certo
e quando errar
achar outro nos leve
ao lado certo
como se deve
mesmo que esse certo depois
mude e vire errado
ou descubramos que o errado
era o certo ou que existe
outro certo e o certo
na verdade era errado
Mas o difícil mesmo
é saber onde é que essa
estrada vai dar
Aliás, essa é a graça
a surpresa de cada curva
o temor de cada ladeira
ou de dirigir na chuva
ou no breu
Na verdade o que é mais
interessante e realmente importa
no rosto
é aquela paisagem que nunca
sairá da lembrança
é aquela carona que mudou todo
o intinerário
é a sorte de ter passado por
aquele buraco enorme
sem grandes danos
O essencial não é o ponto final
mas o percurso
E cheia de bifurcações
O tempo é limitado
e impreciso
Não há como voltar
Atrás e concertar o caminho feito
O objetivo muda
a cada novo desvio
E as paisagens
se transformam a cada
nova esquina
Nessa estrada não
dá para parar por parar
só para abastecer
ou lanchar
ou dar carona
(e geralmente caronas
mudam nosso caminho
apesar de serem caronas)
no mais nos resta andar
ou correr
Nos resta tentar acertar
o caminho certo
e quando errar
achar outro nos leve
ao lado certo
como se deve
mesmo que esse certo depois
mude e vire errado
ou descubramos que o errado
era o certo ou que existe
outro certo e o certo
na verdade era errado
Mas o difícil mesmo
é saber onde é que essa
estrada vai dar
Aliás, essa é a graça
a surpresa de cada curva
o temor de cada ladeira
ou de dirigir na chuva
ou no breu
Na verdade o que é mais
interessante e realmente importa
não é o fim da estrada
mas é aquele vento gostosono rosto
é aquela paisagem que nunca
sairá da lembrança
é aquela carona que mudou todo
o intinerário
é a sorte de ter passado por
aquele buraco enorme
sem grandes danos
O essencial não é o ponto final
mas o percurso
sábado, 6 de junho de 2009
Só na expectativa
Estar aqui com aquele brilho no olhar
Ficar imaginando como será que será
Ah! como é doce a expectativa...
Ficar aqui sonhando com você
Morrendo de medo de tudo errado dar
Ah! como é torturante a expectativa...
Não saber se dirá sim
Não saber o porquê de tudo passar tão devagar
Ai! não aguento essa expectativa...
Sentir aquele friozinho na barriga
Com a possibilidade me deliciar
O melhor mesmo é a expectativa...
Ficar imaginando como será que será
Ah! como é doce a expectativa...
Ficar aqui sonhando com você
Morrendo de medo de tudo errado dar
Ah! como é torturante a expectativa...
Não saber se dirá sim
Não saber o porquê de tudo passar tão devagar
Ai! não aguento essa expectativa...
Sentir aquele friozinho na barriga
Com a possibilidade me deliciar
O melhor mesmo é a expectativa...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Dúvidas óbvias
Por que a distância existe?
Não entendo
E por que tem que estar lá
podendo estar aqui?
E por que me importo?
Deve ser porque só você
me fez sentir eleita
me fez rir sem motivo
e me deixou sem graça
Com um só sorriso...
Não entendo
E por que tem que estar lá
podendo estar aqui?
E por que me importo?
Deve ser porque só você
me fez sentir eleita
me fez rir sem motivo
e me deixou sem graça
Com um só sorriso...
sábado, 30 de maio de 2009
Passiflora
Nos últimos meses da minha vida você veio chegando
chegando bem devagar
como que marcando cada passo de tal maneira
que essa marca fosse eterna e impossível de apagar
Nas últimas semanas você passou a ser mais incisivo
começou a povoar de tal forma meus pensamentos
que pensava em você por nenhum motivo
não conseguia distinguir meus sentimentos
Nos últimos dias você foi devastador
minha vida e meus afazeres invadiu
pertubou meu cotidiano, meus hábitos
me fez esquecer tudo de forma ardil
Nos últimos momentos não consigo
fazer outra coisa senão te escrever
pensar em outra coisa senão em ti
querer outra coisa senão você
chegando bem devagar
como que marcando cada passo de tal maneira
que essa marca fosse eterna e impossível de apagar
Nas últimas semanas você passou a ser mais incisivo
começou a povoar de tal forma meus pensamentos
que pensava em você por nenhum motivo
não conseguia distinguir meus sentimentos
Nos últimos dias você foi devastador
minha vida e meus afazeres invadiu
pertubou meu cotidiano, meus hábitos
me fez esquecer tudo de forma ardil
Nos últimos momentos não consigo
fazer outra coisa senão te escrever
pensar em outra coisa senão em ti
querer outra coisa senão você
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Fascínio
O fascínio é algo inexplicável
É algo que simplesmente acontece
que não precisa de porquê
É um querer irrenunciável
É um cheiro que entontece
que não dá para esquecer
É uma tentação insuperável
É um tocar que estremece
que nos liga sem se ver
É um olhar inescapável
É um sorriso que enlouquece
que me subordina a você
É algo que simplesmente acontece
que não precisa de porquê
É um querer irrenunciável
É um cheiro que entontece
que não dá para esquecer
É uma tentação insuperável
É um tocar que estremece
que nos liga sem se ver
É um olhar inescapável
É um sorriso que enlouquece
que me subordina a você
sexta-feira, 22 de maio de 2009
O relógio...
Está difícil encarar esses ponteiros
É torturante estar preso aqui
nesse doce branco aveludado
é inútil tentar se manter quieto
É impossível segurar os pensamentos
que voam livres direto para você
Liberdade essa que nem de longe é a desejada
pois foi subjulgada pelo querer
E você pôs nela as correntes pesadas da vontade
Como dominar essa vontade?
Como regular esse querer?
Como domar meus pensamentos?
Como frear meus movimentos?
O ponteiro se moveu
É torturante estar preso aqui
nesse doce branco aveludado
é inútil tentar se manter quieto
É impossível segurar os pensamentos
que voam livres direto para você
Liberdade essa que nem de longe é a desejada
pois foi subjulgada pelo querer
E você pôs nela as correntes pesadas da vontade
Como dominar essa vontade?
Como regular esse querer?
Como domar meus pensamentos?
Como frear meus movimentos?
O ponteiro se moveu
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Pensei que finalmente te veria
e te vi
Pensei que finalmente te tocaria
e te toquei
Pensei que finalmente te teria
e vc foi embora
arrancado dos meus braços injustamente
ferindo à ferro meu coração
abrindo meus sonhos à faca
escondendo dentro de mim
a esperança de te ver e de te tocar outra vez
Porque te ter restou impossível
É a parte do sonho rasgada
É onde a esperança não alcança
É onde o medo de nunca mais te ver
e a certeza de não poder ter
se conformam em poder te tocar
e te vi
Pensei que finalmente te tocaria
e te toquei
Pensei que finalmente te teria
e vc foi embora
arrancado dos meus braços injustamente
ferindo à ferro meu coração
abrindo meus sonhos à faca
escondendo dentro de mim
a esperança de te ver e de te tocar outra vez
Porque te ter restou impossível
É a parte do sonho rasgada
É onde a esperança não alcança
É onde o medo de nunca mais te ver
e a certeza de não poder ter
se conformam em poder te tocar
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Hoje me perguntaram o porquê dos meus olhos tão escuros
Hoje me perguntaram se eu estava bem
Respondi que não sei
Respondi que sim
Porque prefiro me esconder atrás de sorrisos
Porque prefiro me esquivar dos cuidados
De quem eu sei que não se importa realmente
De quem eu nem sei o sobrenome
Mas que se incomoda com meus olhos escuros...
Hoje me perguntaram se eu estava bem
Respondi que não sei
Respondi que sim
Porque prefiro me esconder atrás de sorrisos
Porque prefiro me esquivar dos cuidados
De quem eu sei que não se importa realmente
De quem eu nem sei o sobrenome
Mas que se incomoda com meus olhos escuros...
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