O impossível fascina
o improvável intriga
e a fantasia encanta
Como desviar das intempéries
como dominar os ímpetos
como domar os desejos?
É difícil encarar o difícil
mas não nos nossos sonhos
não na nossa imaginação
O deleite de imaginar
e o doce do pode ser
são impagáveis
Porque o que imaginamos
ou o que sonhamos
só nos pertence e a mais ninguém
Deve ser por isso
que os poemas de amor (ou de dor)
são os mais bonitos
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
No mínimo intrigante...
Quando vi teu sorriso debochado
pela primeira vez
Vi que tinha encontrado enfim
um real motivo para escrever
Quando meu olhar encontrou o seu
pela primeira vez
Algo dentro de mim se moveu
e a vontade de escrever foi mais forte
Quando tocaste minha mão
pela primeira vez
Um sentimento contagiante
tomou conta de mim e da minha razão
Quando te conheci não pensei
que serias a ruína dos meus versos
inúteis frente a sentimentos intraduzíveis
e vontades indescifráveis
Então permaneço aqui
encarando a esse papel exigente
incapaz de exteriorizar meus desejos
incapaz de escrever um só verso digno
pela primeira vez
Vi que tinha encontrado enfim
um real motivo para escrever
Quando meu olhar encontrou o seu
pela primeira vez
Algo dentro de mim se moveu
e a vontade de escrever foi mais forte
Quando tocaste minha mão
pela primeira vez
Um sentimento contagiante
tomou conta de mim e da minha razão
Quando te conheci não pensei
que serias a ruína dos meus versos
inúteis frente a sentimentos intraduzíveis
e vontades indescifráveis
Então permaneço aqui
encarando a esse papel exigente
incapaz de exteriorizar meus desejos
incapaz de escrever um só verso digno
terça-feira, 23 de junho de 2009
Tentativa por excelência...
Resolvi hoje, sem inspiração, escrever para compreender as nuâncias de escrever com a paciência e com a cabeça, ao invés de deixar que meus dedos, orientados pelos meus ímpetos, escrevam por mim...
Restei sem sucesso.
À minha mente não veio nada muito interessante que se traduzisse em verso... nada que valesse muito à pena pelo menos... apenas o banal, o previsível...
Minha consciência, sempre muito apegada ao que é certinho, não me deixou pensar no ilícito, nem em espionar você, nem em roubar sua atenção... não me deixou errar...
ficou no correto, no previsível...
Meu recato, sempre preocupado, não me permitiu pensar na luxúria, nem não me deixou ousar, nem sonhar com você...
ficou só no permitido... no previsível...
Meu senso não me deixou viajar na maionese e passear por lugares onde com certeza nunca vou com você, nem pensar nas coisas que você não me disse, nem pensar em coisas que não existem senão nos pensamentos de uma criança de antigamente que em tudo crê e em tudo confia (digo de antigamente porque as crianças de hoje estão cada vez mais adultas, jogando fora toda aquela preciosidade que tantos almejam resgatar, aquela inocência que nunca mais volta, aquele brilho no olhar de quem imagina que tudo é bonito)...
não me deixou escapar... ficou no normal... no previsível...
Minha racionalidade não me deixou flutuar na imaginação, nem me levar pelos desejos, pelos meus anseios que nunca se realizarão, ou pela minha loucura habitual de pensar sobre o mundo sob novos ângulos, que muitas vezes nem existem, só para fingir que é possível o impossível e que o improvável ocorre ao lado sem percerbermos...
não deixou eu me perder na linha do racicínio...
ficou no lógico... no previsível...
E meu coração, amordaçado pela nova experiência, coitado, ainda, num fôlego, conseguiu soprar:
Restei sem sucesso.
À minha mente não veio nada muito interessante que se traduzisse em verso... nada que valesse muito à pena pelo menos... apenas o banal, o previsível...
Minha consciência, sempre muito apegada ao que é certinho, não me deixou pensar no ilícito, nem em espionar você, nem em roubar sua atenção... não me deixou errar...
ficou no correto, no previsível...
Meu recato, sempre preocupado, não me permitiu pensar na luxúria, nem não me deixou ousar, nem sonhar com você...
ficou só no permitido... no previsível...
Meu senso não me deixou viajar na maionese e passear por lugares onde com certeza nunca vou com você, nem pensar nas coisas que você não me disse, nem pensar em coisas que não existem senão nos pensamentos de uma criança de antigamente que em tudo crê e em tudo confia (digo de antigamente porque as crianças de hoje estão cada vez mais adultas, jogando fora toda aquela preciosidade que tantos almejam resgatar, aquela inocência que nunca mais volta, aquele brilho no olhar de quem imagina que tudo é bonito)...
não me deixou escapar... ficou no normal... no previsível...
Minha racionalidade não me deixou flutuar na imaginação, nem me levar pelos desejos, pelos meus anseios que nunca se realizarão, ou pela minha loucura habitual de pensar sobre o mundo sob novos ângulos, que muitas vezes nem existem, só para fingir que é possível o impossível e que o improvável ocorre ao lado sem percerbermos...
não deixou eu me perder na linha do racicínio...
ficou no lógico... no previsível...
E meu coração, amordaçado pela nova experiência, coitado, ainda, num fôlego, conseguiu soprar:
Pensei o dia inteiro em você...
Quer algo mais previsível?
Quer algo mais previsível?
domingo, 21 de junho de 2009
Outro foco
Engraçado como alguém
que esteve sempre ali aparece
de repente
E não dá pra saber
se é coisa da cabeça ou
do coração
Pior quando o segundo vence
Porque não raciocina
só sente
E nos deixa assim
sem rumo, sem palavras,
sem ação
que esteve sempre ali aparece
de repente
E não dá pra saber
se é coisa da cabeça ou
do coração
Pior quando o segundo vence
Porque não raciocina
só sente
E nos deixa assim
sem rumo, sem palavras,
sem ação
sábado, 20 de junho de 2009
Descobrindo-me
Um lado meu
é infância, adolescência
o outro já cresceu
é consciência
Um lado meu
é apego
o outro nem liga
vai sem medo
Um lado meu
é recato, censura
o outro lado é liberdade
é loucura
Um lado meu
come alface, tomate
o outro se revolta
quer chocolate
Um lado meu
é sério, formal
o outro lado
até que é legal
Um lado meu
é direito, é regrado
o outro lado não se importa
é todo errado
Um lado meu
pesa, pondera
o outro lado vai
se libera
Um lado meu
esgotou-se de cansaço
o outro lado só quer
dar o primeiro passo
é infância, adolescência
o outro já cresceu
é consciência
Um lado meu
é apego
o outro nem liga
vai sem medo
Um lado meu
é recato, censura
o outro lado é liberdade
é loucura
Um lado meu
come alface, tomate
o outro se revolta
quer chocolate
Um lado meu
é sério, formal
o outro lado
até que é legal
Um lado meu
é direito, é regrado
o outro lado não se importa
é todo errado
Um lado meu
pesa, pondera
o outro lado vai
se libera
Um lado meu
esgotou-se de cansaço
o outro lado só quer
dar o primeiro passo
Andressa Carvalho (17/06/09)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Ah, mardita...
Rolo na poltrona
Troco de cadeira
Mãos no rosto
Mãos na mesa
Olho nas letras
Olho na marçaneta
Ô porta que não coopera
Ô coração véi besta...
Troco de cadeira
Mãos no rosto
Mãos na mesa
Olho nas letras
Olho na marçaneta
Ô porta que não coopera
Ô coração véi besta...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Gaguejando
Procuro palavras
e não encontro
Palavras que me falem
mas não encontro
Palavras que te calem
porém não encontro
Que não pareçam soltas
e não encontro
Que não pareçam loucas
mas não encontro
Palavras sobre o que sinto
porém não encontro
Palavras que escondam o que minto
e não encontro
Que não te deixem ir
mas não encontro
Que me façam reagir
porém não encontro
Procuro palavras
e não encontro...
e não encontro
Palavras que me falem
mas não encontro
Palavras que te calem
porém não encontro
Que não pareçam soltas
e não encontro
Que não pareçam loucas
mas não encontro
Palavras sobre o que sinto
porém não encontro
Palavras que escondam o que minto
e não encontro
Que não te deixem ir
mas não encontro
Que me façam reagir
porém não encontro
Procuro palavras
e não encontro...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Homenagem merecida
Algumas são serenas
a minha é atacada
Algumas são chatas
a minha é animada
Algumas são indiferentes, negligentes
a minha está sempre presente
Algumas são ocupadas
a minha também é
Algumas vão na onda
a minha é contra maré
Algumas se perdem no pensar
a minha sempre sabe o que falar
Algumas são extremas
a minha é na medida
Algumas são colegas, desconhecidas
a minha é melhor amiga
terça-feira, 16 de junho de 2009
Viva São João!!
Ah, junho mês junino...
Mal posso esperar
A minha vez de dançar
Quase que perco o tino.
É só a zabumba batucar
Pra gente pegar carona
Nessa sensação que nos toma
É o toque da sanfona
Que começou a tocar!
E a gente vai pra lá
E com o rebuliço se soma
É quase como feitiço
Essa melodia que invade
Se aprochegue cumade
Dessa quadrilha participar
Trate de se animar!
E o principal ator
É o sanfoneiro tocadô
Que bota esse povo todo pra dançar
Sem esquecer do puxador
Que bota ordem no lugar..
Eita! Festa boa!
É esse tal de arraiá
Ninguém fica à toa
Ninguém fica esquecido
Todo mundo é invadido
Pela alegria da quadrilha
Pense que maravilha
O ano inteiro de São João!
Mas até acho que não...
Esperar é que é a graça
Esperar que passe ligeiro
De agosto a fevereiro,
Porque o carnaval também é massa,
Depois até maio
Que aí já começa os ensaio
dos forró que a gente dá valô
Depois é curtir cada minuto
Dessa festa animada
Que tanto foi esperada
E finalmente chegou!!!
Mal posso esperar
A minha vez de dançar
Quase que perco o tino.
É só a zabumba batucar
Pra gente pegar carona
Nessa sensação que nos toma
É o toque da sanfona
Que começou a tocar!
E a gente vai pra lá
E com o rebuliço se soma
É quase como feitiço
Essa melodia que invade
Se aprochegue cumade
Dessa quadrilha participar
Trate de se animar!
E o principal ator
É o sanfoneiro tocadô
Que bota esse povo todo pra dançar
Sem esquecer do puxador
Que bota ordem no lugar..
Eita! Festa boa!
É esse tal de arraiá
Ninguém fica à toa
Ninguém fica esquecido
Todo mundo é invadido
Pela alegria da quadrilha
Pense que maravilha
O ano inteiro de São João!
Mas até acho que não...
Esperar é que é a graça
Esperar que passe ligeiro
De agosto a fevereiro,
Porque o carnaval também é massa,
Depois até maio
Que aí já começa os ensaio
dos forró que a gente dá valô
Depois é curtir cada minuto
Dessa festa animada
Que tanto foi esperada
E finalmente chegou!!!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Quadrilha #3
No meio daquele círculo
Naquele grande círculo
Apenas vejo você
Você e seu sorriso estonteante
Destilando um suor alegre
E esbanjando seu charme habitual
E eu aqui
Com a mão laçada
Sem poder aí chegar
Sem conseguir me conter
A espera do changê de damas
Ou de cavalheiros, tanto faz
Contanto que cesse
essa distância
Que insiste em desafiar-me
Naquele grande círculo
Apenas vejo você
Você e seu sorriso estonteante
Destilando um suor alegre
E esbanjando seu charme habitual
E eu aqui
Com a mão laçada
Sem poder aí chegar
Sem conseguir me conter
A espera do changê de damas
Ou de cavalheiros, tanto faz
Contanto que cesse
essa distância
Que insiste em desafiar-me
domingo, 14 de junho de 2009
Quadrilha #2
Seria tão simples
Ir até ti e perguntar
Tens par?
Seria tão simples
Chegar perto e sussurrar
Quer dançar?
Seria tão simples,
Se fazer isso não incluisse
Olhar nos olhos teus
Ao encontrar o meu
Teu olhar me desarma
E me desatina
E ao desencontrar
Me desencontra
E me descontrola
Então permaneço aqui
A observar-te, querendo-te,
A sonhar, esperando-te.
Ir até ti e perguntar
Tens par?
Seria tão simples
Chegar perto e sussurrar
Quer dançar?
Seria tão simples,
Se fazer isso não incluisse
Olhar nos olhos teus
Ao encontrar o meu
Teu olhar me desarma
E me desatina
E ao desencontrar
Me desencontra
E me descontrola
Então permaneço aqui
A observar-te, querendo-te,
A sonhar, esperando-te.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Quadrilha
Formem-se os pares!
Ordenou alguém..
Pânico!
Pessoas começam a se mover
Começam a se encontrar
Mas só vejo você
Como que a procurar...
Ah, como queria que
Esse rebuliço dos olhos teus
Fossem para me achar
Como queria
Que ao encontrar os meus
Teus olhos parassem e sorrissem
Mas (simplesmente) ultrapassam-me.
Ordenou alguém..
Pânico!
Pessoas começam a se mover
Começam a se encontrar
Mas só vejo você
Como que a procurar...
Ah, como queria que
Esse rebuliço dos olhos teus
Fossem para me achar
Como queria
Que ao encontrar os meus
Teus olhos parassem e sorrissem
Mas (simplesmente) ultrapassam-me.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
No corredor
Hoje te vi...
Estava perdido num livro
E nem notou meu olhar intermitente
Que temia encontrar o seu.
Por que é tão difícil
Sair do lugar quando te vejo?
Nem vou embora nem ao teu encontro
Simplesmente paro.
E quando paro
O mundo pára comigo
Nada importa nem tem sentido
Só tua expressão intrigada e teu olhar perdido
Estava perdido num livro
E nem notou meu olhar intermitente
Que temia encontrar o seu.
Por que é tão difícil
Sair do lugar quando te vejo?
Nem vou embora nem ao teu encontro
Simplesmente paro.
E quando paro
O mundo pára comigo
Nada importa nem tem sentido
Só tua expressão intrigada e teu olhar perdido
Inércia
Como aceitar
Sem entender
Como querer
Sem questionar
Mania de preguiçoso
Abrir a boca e comer
Sem nem perguntar o quê
Um vício ocioso
O silêncio é a forca
dessa sociedade pacífica
É a forma estrita
de se negar a dizer não
São os antolhos
Desse povo sem rosto
E o impossível lhe é imposto
pelos que lhe impõem uma visão
É esse calar,
Disfarçado de abster,
Que se perfaz de querer
E os joga no chão.
Sem entender
Como querer
Sem questionar
Mania de preguiçoso
Abrir a boca e comer
Sem nem perguntar o quê
Um vício ocioso
O silêncio é a forca
dessa sociedade pacífica
É a forma estrita
de se negar a dizer não
São os antolhos
Desse povo sem rosto
E o impossível lhe é imposto
pelos que lhe impõem uma visão
É esse calar,
Disfarçado de abster,
Que se perfaz de querer
E os joga no chão.
terça-feira, 9 de junho de 2009
L I B E R D A D E
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Pé na estrada
A estrada é longa
E cheia de bifurcações
O tempo é limitado
e impreciso
Não há como voltar
Atrás e concertar o caminho feito
O objetivo muda
a cada novo desvio
E as paisagens
se transformam a cada
nova esquina
Nessa estrada não
dá para parar por parar
só para abastecer
ou lanchar
ou dar carona
(e geralmente caronas
mudam nosso caminho
apesar de serem caronas)
no mais nos resta andar
ou correr
Nos resta tentar acertar
o caminho certo
e quando errar
achar outro nos leve
ao lado certo
como se deve
mesmo que esse certo depois
mude e vire errado
ou descubramos que o errado
era o certo ou que existe
outro certo e o certo
na verdade era errado
Mas o difícil mesmo
é saber onde é que essa
estrada vai dar
Aliás, essa é a graça
a surpresa de cada curva
o temor de cada ladeira
ou de dirigir na chuva
ou no breu
Na verdade o que é mais
interessante e realmente importa
no rosto
é aquela paisagem que nunca
sairá da lembrança
é aquela carona que mudou todo
o intinerário
é a sorte de ter passado por
aquele buraco enorme
sem grandes danos
O essencial não é o ponto final
mas o percurso
E cheia de bifurcações
O tempo é limitado
e impreciso
Não há como voltar
Atrás e concertar o caminho feito
O objetivo muda
a cada novo desvio
E as paisagens
se transformam a cada
nova esquina
Nessa estrada não
dá para parar por parar
só para abastecer
ou lanchar
ou dar carona
(e geralmente caronas
mudam nosso caminho
apesar de serem caronas)
no mais nos resta andar
ou correr
Nos resta tentar acertar
o caminho certo
e quando errar
achar outro nos leve
ao lado certo
como se deve
mesmo que esse certo depois
mude e vire errado
ou descubramos que o errado
era o certo ou que existe
outro certo e o certo
na verdade era errado
Mas o difícil mesmo
é saber onde é que essa
estrada vai dar
Aliás, essa é a graça
a surpresa de cada curva
o temor de cada ladeira
ou de dirigir na chuva
ou no breu
Na verdade o que é mais
interessante e realmente importa
não é o fim da estrada
mas é aquele vento gostosono rosto
é aquela paisagem que nunca
sairá da lembrança
é aquela carona que mudou todo
o intinerário
é a sorte de ter passado por
aquele buraco enorme
sem grandes danos
O essencial não é o ponto final
mas o percurso
sábado, 6 de junho de 2009
Só na expectativa
Estar aqui com aquele brilho no olhar
Ficar imaginando como será que será
Ah! como é doce a expectativa...
Ficar aqui sonhando com você
Morrendo de medo de tudo errado dar
Ah! como é torturante a expectativa...
Não saber se dirá sim
Não saber o porquê de tudo passar tão devagar
Ai! não aguento essa expectativa...
Sentir aquele friozinho na barriga
Com a possibilidade me deliciar
O melhor mesmo é a expectativa...
Ficar imaginando como será que será
Ah! como é doce a expectativa...
Ficar aqui sonhando com você
Morrendo de medo de tudo errado dar
Ah! como é torturante a expectativa...
Não saber se dirá sim
Não saber o porquê de tudo passar tão devagar
Ai! não aguento essa expectativa...
Sentir aquele friozinho na barriga
Com a possibilidade me deliciar
O melhor mesmo é a expectativa...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Dúvidas óbvias
Por que a distância existe?
Não entendo
E por que tem que estar lá
podendo estar aqui?
E por que me importo?
Deve ser porque só você
me fez sentir eleita
me fez rir sem motivo
e me deixou sem graça
Com um só sorriso...
Não entendo
E por que tem que estar lá
podendo estar aqui?
E por que me importo?
Deve ser porque só você
me fez sentir eleita
me fez rir sem motivo
e me deixou sem graça
Com um só sorriso...
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