quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Limbo

Tento me conter, reinar sobre meu animus e não me deixar levar
Me arrasto para o meu lado são que não consegue me segurar
Me invento, me tormento, não consigo mais me equilibrar

Preciso me concentrar, encontrar o foco enfim
Não posso me render a esse desejo que floresce em mim
Tenho que viver desse jeito, afinal disseram ser certo assim

Mas me parece impossível não me render e não viver esse pleito
É inútil relutar em permanecer viva se não tem jeito
Se não posso me jogar nesse fogo que arde em meu peito

Quero o poder de querer, de estar, de ser
Será que não tenho o direito de alcançar, de ter?
Assim permaneço nesse limbo de não viver e não morrer

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quero que me envolva em seus braços
Me prive desse meu eu racional
Que me escolta e não me permite ousar

Só quando estou contigo é que cometo desvarios
Me deixo ao disparate daquele sonho impossível
E apenas me permito ser eu mesma

Quero seus lábios nos meus ouvidos,
A sussurrar promessas tolas
A me arrepiar com seus desejos sem escrúpulos

Não quero pensar no amanhã
Tampouco quero lembrar do ontem
Apenas me interessa nós dois nesse agora

Esse agora em que somos um
Em que merecemos um ao outro
Sem cobranças, sem promessas, sem flores, sem pressão

domingo, 11 de setembro de 2011

Não anseio por grandes viagens ou aventuras
Nem jantar em restaurantes finos
O que almejo são paixões, loucuras
Aguém que justifique um desatino

Não preciso de palavras bonitas, perfeitas
Nem desejo um buquê de mil rosas
Gostaria apenas que fossem verdadeiras
E que não passassem de uma boa prosa

Não sonho com príncipes lindos e valentes
Nem com presentes caros, meras vaidades
Quero mesmo um homem simplesmente
Que saiba o significado de lealdade

Dizem que mulheres são loucas, é verdade
Alguns até que são impossíveis de entender
Mas o segredo está no jeito, na docilidade
E na certeza que só existe ela para você.

sábado, 3 de setembro de 2011

Quero a leveza nos pés,
Sair por aí sem me preocupar
Apenas andar, sem relógio ou direção.

Será que é pedir muito
Querer ter a sensação do vento no rosto
Querer sentir a grama sob os pés?

Será que é tão impossível
Simplesmente parar e olhar para si
Sem ter com quem comparar?

Eu quero Cantar, dançar, sacudir
Deixar tudo para lá, me distrair
Quero não ser normal, ser apenas eu...