sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dificil decifrar esse olhar
às vezes doce, às vezes duro
compreensivo, até divertido
e outras tantas escuro, dividido

como decifrar, como entender
sem obter a maldita resposta
se tudo o que faço é questionar
como esquecer,como aceitar

essa resposta que por certo tenho que advinhar
pois mesmo sem saber ela existe
esse porquê que virá sem razão
certo ou não.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Todas as vezes que vai embora
deixa atrás de seus passos vazios
um rastro de palavras que muitas vezes não disse
mas demonstrou no instante em que se esvaiu

Todas as vezes em que me deixa aqui
sozinha a pensar nos porquês
nunca consigo alcançar-te
nem prender-te pra não mais ir

Por que não pode apenas estar aqui
por que não pode tentar
por que não sou assim
por que tenho sempre que chorar?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Num gélido ar aprisionada
para o mundo e para si
permaneceu fechada
sobrevivendo, apenas, ali

Deparou-se ela, porém,
por vontade à sua alheia,
com um calor aquém
o qual não se limita às veias

Se viu então em meio a tal confusão
de todo o nada que a limitava castrou-se
e toda a dúvida veio como explosão
e abrir deixou-se

Mediante doçuras e encantos
abriu-se com medo, devagar
deixou a antiga nos cantos
deixou-se de verdade amar

Aos poucos abriu-se simplesmente
arrependeu-se de ser tão medrosa
permitiu-se ser quem é realmente
símbolo do amor... uma rosa.